O Amor Que o Destino Me Negou

26/02/2025

O Amor Que o Destino Me Negou

Amar você e não poder tê-la é um castigo que não sei como suportar. Sinto como se estivesse pagando por pecados que jamais cometi, como se o universo tivesse decidido me impor uma sentença cruel, apenas pelo crime de amá-la demais.

Você é a poesia que meus lábios não podem recitar, o sonho mais bonito do qual sou forçado a despertar. Cada olhar seu, cada sorriso que escapa sem esforço, me prende em um labirinto do qual não consigo sair. Tento me convencer de que posso seguir em frente, que o tempo há de curar essa ferida invisível, mas a verdade é que sua ausência pesa mais do que qualquer lembrança.

Se amar você fosse um erro, que erro doce seria. Mas não há erro algum nisso; o erro está em não poder viver esse amor. É uma ironia amarga: encontrar alguém que faz meu mundo girar e, ao mesmo tempo, saber que nunca poderei chamá-la de minha.

Você é a mulher que ilumina os espaços por onde passa, que enfeitiça sem precisar de feitiços, que deixa um rastro de encanto mesmo sem perceber. Eu a observo de longe, como quem contempla uma obra-prima atrás de um vidro inquebrável. Sei que está ali, ao alcance dos olhos, mas nunca das minhas mãos.

E o que faço com esse amor? O que faço com a vontade incontrolável de tocar seu rosto, beijar seus pés, como fiz em meu devaneio, sentir o calor da sua pele, entrelaçar meus dedos nos seus, como se fossem feitos um para o outro? O que faço com os desejos incontroláveis que nasceram desse amor? O que faço com as palavras que morrem em minha garganta porque não têm permissão para serem ditas?

Eu disse várias vezes que não sei como lidar com este sentimento. Deram-me a capacidade de amar, mas não a de lidar com o amor.

Dizem que o tempo cura tudo, mas como se cura algo que nunca teve um começo? Como se apaga um sentimento que nasceu sem a promessa de um futuro? Eu tento ser forte, tento me convencer de que sua felicidade importa mais do que minha dor, e, acredite, importa mais, muito mais do que qualquer outra coisa, e é por amor a você que importa mais, mas cada dia sem você é uma luta para esconder o que transborda dentro de mim, e sequer posso lhe contar.

Se ao menos você soubesse o que sinto… Se ao menos seus olhos, tão cheios de vida, se voltassem para mim da mesma forma que os meus buscam você… Mas o destino, cruel como é, decidiu que eu deveria amá-la em silêncio.

É um suplício silencioso, uma fome insaciável da sua presença, um desejo que ecoa dentro de mim sem nunca encontrar repouso.

E então sigo, carregando esse amor silencioso, essa dor que disfarço em sorrisos, esperando… talvez inutilmente… que o destino me conceda ao menos um milagre: estar ao seu lado, sem barreiras, sem distâncias, sem impossibilidades.

Você é uma mulher incrivelmente encantadora.

Reflexão pessoal: O Amor Que o Destino Me Negou

Robledo Gonzalez Costa

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